1.POLÍTICA COMO TEORIA
Democracia: nasceu em Atenas na
Grécia; Gregos foram os primeiros a filosofar, consequentemente a refletir
criticamente sobre política; Daí porque são considerados como inventores da
Política; Gregos elaboraram teoria sobre a capacidade humana de refletir sobre
a organização da vida coletiva;
2.PÓLIS GREGA: DESTACAVAM-SE DOIS LUGARES:
ÁGORA Praça central destinada as
trocas comerciais; cidadãos reuniam-se para debater os assuntos da
cidade;
ACRÓPOLE Era a parte elevada que
servia de ponto de defesa da cidade; local privilegiado para construção do
templo;
3. PRINCIPAIS LEGISLADORES:destacaram o caráter
humano das leis e não mais o divino
DRÁCON: Elaborou um código de leis
que serviram como a primeira constituição escrita da cidade de Atenas e ficaram
conhecidas como "Código de Drácon", em que para quase todos os crimes
era aplicada a mesma pena, ou seja, a pena de morte, deixando bem clara a sua
característica severidade e intransigência. Caracterizado por sua
imparcialidade, sendo considerada muito severa. Assim, o termo
"draconiano" logo se tornaria popular, utilizado para qualificar a
norma que exacerba o rigor punitivo.
SÓLON:É a Sólon que devemos a
noção de democracia (em grego, daimos = povo e kratia = governo, formando
então, governo do povo). Na época em que ele ascendeu como líder, Atenas
era dominada por uma aristocracia hereditária, cujos integrantes eram chamados
de eupátridas. Os eupátridas possuíam as melhores terras e monopolizavam o
poder. Haviam frequentes lutas políticas, já que os cidadãos eram privados de
qualquer direito, tornando-se muitas vezes devedores dos eupátridas, e como era
costume, muitos acabavam como escravos por não conseguirem saldar suas
extorsivas dívidas.
CLÍSTENES:Por volta de 510 a.C. a
democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego
Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", Clístenes liderou uma
revolta popular, após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas
chamadas “demos”, e assim o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas
possuía uma democracia direta, donde todos os cidadãos atenienses participavam
diretamente das questões políticas da polis que se davam na ágora. As reformas
de ordem política e social resultariam na consolidação da democracia em Atenas.
PÉRICLES: Aperfeiçoou o sistema
político implantado pelo legislador Clístenes . O objetivo principal de
Péricles era que a democracia servisse para o benefício do maior número
possível de atenienses, tendo como princípio a igualdade= ISONOMIA. Defendia a
participação política não só para os mais ricos. Defendia a meritocracia, para
ele, na vida pública, os méritos não deveriam vir do nascimento ou da riqueza,
mas sim das competências e dos talentos.Porém, a democracia ateniense tinha
seus limites, pois só podiam participar da Assembleia (Eclésia) os cidadãos
(homens livres, nascidos em Atenas e com mais de 18 anos). As mulheres, os
estrangeiros e os escravos não tinham direito a participação política.
4. OS SOFISTAS E A RETÓRICA
SOFISTAS: tiveram uma influência muito forte ao
ensinarem retórica;
RETÓRICA: arte de bem falar, de utilizar a linguagem em discurso persuasivo, destinado à elite intelectual que desejavam tornar-se bons oradores com discursos convincentes nas assembleias;
RETÓRICA: arte de bem falar, de utilizar a linguagem em discurso persuasivo, destinado à elite intelectual que desejavam tornar-se bons oradores com discursos convincentes nas assembleias;
SÓCRATES e seus discípulos acusavam os SOFISTAS de
pronunciar discursos vazios, enfatizavam a persuasão e faltavam com a verdade.
5.SÓCRATES:
Nasceu em Atenas, filho de um escultor e de uma
parteira;
Considerado como um MARCO DIVISÓRIO NA FILOSOFIA;
Não deixou nada escrito, o que se sabe é através do
seu discípulo Platão;
Era opositor dos sofistas;
Apresentava-se como um ignorante: " Só sei que
nada sei";
6.TEORIA POLÍTICA DE PLATÃO:
6.TEORIA POLÍTICA DE PLATÃO:
Pensamento político de Platão encontrava-se nas
obras: A República e Leis;
Platão escreveu através de diálogos, alegoria; Escreveu sobre seu mestre
Sócrates;
Platão escreveu através de diálogos, alegoria; Escreveu sobre seu mestre
Sócrates;
Era de família aristocrática e fascinado pela política, inclusive foi vendido
como
escravo por Dionisío(tirano), mesmo assim não desistiu do seu projeto
político;
Por volta do século V a. C. Sócrates é condenado a morte, ampliando o
descrédito em relação a Democracia;
7. UTOPIA PLATÔNICA: A REPÚBLICA
No Livro VII da República está escrito
: Alegoria da Caverna;
Do ponto de vista do conhecimento: aqueles que se libertam das correntes elevam-se da
opinião à ciência, alcançando o verdadeiro conhecimento;
Do ponto de vista político: como influenciar aqueles que não veem?
Cabe ao sábio ensinar, procedendo a
educação política, pela transformação das pessoas e da sociedade
8.CALIPOLIS= do grego
Kalós= belo, beleza pólis, cidade Cidade bela
Pessoas ocupavam lugares e funções
diversas na sociedade;
Estado deve assumir a educação as
crianças até os 7 anos; Estado orientaria;
Até os 20 anos: todos educados da mesma
maneira; Alma de bronze=dedicam-se à agricultura, ao artesanato e
comércio, cabendo a subsistência da cidade;
30 aos 40 anos: haveria a segunda
seleção Alma de prata=os destinados à guarda do Estado, os responsáveis
pela defesa da cidade;
40 aos 50 anos: compunham Alma
de Ouro=seriam instruídos na arte de pensar a dois, ou seja, arte de
dialogar; Estudariam filosofia= fonte da verdade;
Aos 50 anos seriam admitidos no corpo
supremo de magistrados e seriam então os governantes das cidades;
Os mais sábios seriam os governantes
porque conheceriam a ciência da política
9. SOFOCRACIA: O REI-FILÓSOFO
Para Platão Política é arte de
governas pessoas com o seu consentimento;
POLÍTICO: Aquele que conhece a arte de
governar, portanto só poderia ser governante quem conhecesse a ciência
política;
Para que o Estado seja bem governado é
preciso que os filósofos tornem-se reis, ou que os reis tornem-se filósofos;
Ele propõe um modelo aristocrático de
poder, ou seja, poder confiado aos mais sábio= SOFOCRACIA, SOFO = sábio,
KRATIA= poder
Devido alguns acontecimentos(condenação
de Sócrates, derrota de Atenas para Esparta)acentuaram em Platão o descrédito
pela democracia;
10.FORMAS DE GOVERNO
Primeiro a refletir sobre a melhor
forma de governo= SOFOCRACIA
Alerta sobre o poder degenerado em que
o governo não respeita as leis nem a
justiça coletiva, mas defende o
interesse de pessoas ou grupos;
Também já dizia que após uma série de
governos justos a tendência é decair
devido a negligência dos magistrados, a
dissidência interna ou às guerras.
11. GOVERNOS DEGENERADOS(DESCRITAS NO
LIVRO VIII da República)
TIMOCRACIA: governo que cultua o
impulso guerreiro e o desejo de honrarias
OLIGARQUIA: poder exercido pelos mais
ricos;
DEMOCRACIA: poder atribuído ao povo,
entendido como os mais pobres. Para
ele a forma democrática de governo prevalece a demagogia característica
do político que manipula, engana, pois o povo é considerado incapaz de adquirir
a ciência política;
ele a forma democrática de governo prevalece a demagogia característica
do político que manipula, engana, pois o povo é considerado incapaz de adquirir
a ciência política;
TIRANIA: governo de um só; Com o
tempo o tirano age em proveito
próprio, deixando de lado o bem comum; O tirano é antítese do magistrado-
filósofo;
próprio, deixando de lado o bem comum; O tirano é antítese do magistrado-
filósofo;
Para Platão o bom governante é
corajoso, moderado, justo e sábio;
12. ARISTÓTELES
Nasceu em Estagira,
logo era um meteco (estrangeiro);
Por ser considerado
meteco não pode assumir a Academia após a morte de Platão;
Era filho de Nicômaco
(médico de Felipe da Macedônia);
Frequentou a Academia
de Platão, e foi o melhor aluno;
Foi professor de
Alexandre O Grande;
Retornou a Atenas e fundou
a sua própria Escola o Liceu;
Discípulo de Platão,
e crítico de seu mestre, fez crítica à sofocracia por atribuir poder ilimitado
a apenas aos sábios; Não aceitava a destituição da família;
Escreveu o livro
Política, em que critica o Mestre Platão(utopia Callipolis(ideal)= SOFOCRACIA;
Ele pretendia criar
uma teoria;
Homem comum: deveria
ter posses/ócio para estudar;
Instrução é
fundamental para participar das atividades políticas;
Bem comum = Bem
coletivo
Homem= deve conhecer
o BEM COMUM= para conhecer o BEM COLETIVO
JUSTIÇA DISTRIBUTIVA:
distribuição justa é a que leva em conta o mérito das pessoas: não se dá o
igual para os desiguais, já que as pessoas são diferentes;
JUSTIÇA COMUTATIVA (OU
CORRETIVA) é a que corrige os erros da justiça distributiva, a fim de restaurar
a equidade;
13. QUEM É CIDADÃO?
ARISTÓTELES: exclui
os artesãos, comerciantes e trabalhadores braçais não eram considerados
cidadãos, porque a ocupação não permitia o tempo de ócio necessário para
participar do governo;
Segundo: trabalho
manual era desprezado por embrutecer a alma, e o torna incapaz da prática de
uma virtude esclarecida;
Ócio= fundamental
para instrução
Zoôn Politikon: Só os
gregos poderiam viver na Pólis;
Para ele deveriam ser
escravizados os bárbaros= não gregos porque eram
considerados inferiores; Pedia que os senhor não fosse cruel ao seu escravo;
considerados inferiores; Pedia que os senhor não fosse cruel ao seu escravo;
14.
FORMAS DE GOVERNO PARA ARISTÓTELES:
Para ele a melhor
forma de governo: depende do tipo de povo, porque nem
todos se adaptam;
todos se adaptam;
Recolheu informações
sobre 158 constituições existentes, e assim elaborou os
critérios de distinção: Critério de número, e critério de valor;
critérios de distinção: Critério de número, e critério de valor;
Regime bom: está
defendendo o BEM COMUM;
Regime ruim: está
defendendo os INTERESSES PARTICULARES;
CRITÉRIO DE VALOR:
As três formas são boas se visam ao interesse
comum; e são más, corrompidas
degeneradas, se objetivam o interesse particular;
degeneradas, se objetivam o interesse particular;
Para cada forma descrita correspondem as formas
degeneradas;
TIRANIA: governo de um só, visando o interesse
próprio;
OLIGARQUIA: governo dos mais ricos ou nobres;
DEMOCRACIA: governo em que a maioria pobre
governa em detrimento da
minoria rica;
minoria rica;
Para Aristóteles, a
monarquia, aristocracia ou politeia constituem igualmente
formas corretas adequadas de exercício do poder.
formas corretas adequadas de exercício do poder.
Ele prefere(monarquia ou aristocracia), no entanto na politeia (democracia
constitucional) a tensão política pode ser mais bem controlada;
15. CONCEITO GREGO DE
BOM GOVERNO
Segundo Aristóteles o
Conceito de bom governo: Existe uma ligação indissolúvel entre vida moral e
política, ou seja, bom governo, dependem da virtude do bom governante;
Deve ter a virtude da
prudência= pela qual será capa de agir visando ao bem comum; Virtude difícil,
nem sempre alcançável;
Vida justa= vida boa;
Só pode viver na
pólis quem é educado segundo as leis da pólis; Só os gregos são capazes de
viver nessa pólis; Deve nascer e ser educado dentro da sua pólis, quem vem de
fora não se encaixaria;
16. ESTADO E IGREJA
Concepção religiosa:
firmava que a natureza humana está sujeita ao pecado e ao descontrole das
paixões, cabendo ao Estado o papel de intimidação para todos agirem retamente;
Bom governante: ter
capacidade de obrigar a todos obedecer aos princípios da moral cristã;
Estado: natureza
secular, temporal, voltada para as necessidades mundanas e sua se exerce pela
força física;
Igreja: é de natureza
espiritual, voltada para a SALVAÇÃO DA ALMA, e deve encaminhar o rebanho para a
religião por meio de educação e persuasão;
Inicialmente a Igreja
REJEITAVA os textos gregos por considerar obras pagãs, mas com as devidas
interpretações e adaptações à fé cristã, os pensadores medievais aderiram ao
platonismo e ao aristotelismo.
17.PATRÍSTICA
Era
apresentada pelos PADRES DA IGREJA, a grande preocupação era a conciliação da
FÉ e FILOSOFA(GRECO-ROMANA);
O
Cristianismo será o substituto da Filosofia Grega, provocando dessa forma a decadência da Filosofia no sentido
estritamente grego;
Os
padres serão responsáveis pela produção de textos para ensinar as autoridades
romanas que eram leigas;
Agostinho: Bispo de
Hipona
Foi o principal
representante da Patrística;Considerado como o maior teólogo do Cristianismo;
Será responsável por
resgatar a filosofia de Platão, procurará conciliar FÉ X RAZÃO;
Destacava-se pelo
esforço em converter os não-cristãos;
A Cidade de Deus: obra que trata de teologia e filosofia da
história; Ao discutir entre política e
religião, refere-se as duas cidades: cidade de Deus e a cidade terrestre;
Cidade terrestre cabe
zelar pelo bem-estar das pessoas e pela garantia de justiça;
Cidade de Deus: não é
apenas o reino divino que se sucede à vida terrena, porque as duas cidades não
estão apartadas, mas constituem dois planos de existência na vida de cada um;
Máxima:
Crer para compreender e compreender para crer;
AGOSTINISMO POLÍTICO
Agostinismo: influenciou o pensamento político
medieval;
Essa teoria aborda o confronto entre o poder do
Estado e o da Igreja e defende a
superioridade do poder espiritual sobre o temporal;
18.
Escolástica:
Serão
as escolas ligadas às instituições católicas;
Tomás
de Aquino:
Destacou-se como
monge dominicano;
Responsável pela
retomada nas leituras de Aristóteles;
Adequou o pensamento
aristotélico ao cristianismo e promoveu debate sobre a relação de fé e razão;
Escreveu a Suma
Teológica, Suma contra os gentios e Questões disputadas;
Sob influência de
Aristóteles debruçou-se sobre as questões como a natureza do poder e das leis e
o tema clássico do melhor governo;
Atento
ao risco da tirania ele entendia a PAZ SOCIAL como resultado da unidade
do Estado e valorizava a virtude do governante;
Contexto
histórico: Renascimento das cidades;
Intensificação
do comércio;
Debate
nas universidades;
19.IDADE MÉDIA:POLÍTICA E RELIGIÃO
Império Romano:
esfacelou-se; O Cristianismo difundiu e
fortaleceu-se;
Os intelectuais
pertenciam às ordens religiosas e as principais questões filosóficas
baseavam-se nas relações entre fé e razão e subordinadas ao Cristianismo;
Fé= considerada o
conhecimento mais elevado e o critério adequado da verdade, logo filosofia não
cabe busca a verdade, mas apenas demonstrá-las racionalmente;
20.TEMPOS DE RUPTURA
Sociedade em
transformação;
Anseios de laicização
da política, de uma orientação não religiosa;
Revitalização de
centros urbanos e o surgimento das novas cidades, expansão do comércio, a
fundação de universidades;
Aumento do
intercâmbio entre os povos (iniciado com o movimento das Cruzadas), possibilitando
o contato com o conhecimento produzidos pelos árabes;
Ideias heréticas =
divergentes dos dogmas da Igreja Católica;
Igreja criou a Inquisição ou (Santo Ofício) com tribunais que condenavam as heresias= DESVIOS DA FÉ;
Recorria-se à delação anônima, ao julgamento sem advogados, à tortura;
As penas variavam da prisão perpétua à condenação à morte, geralmente na fogueira; Alquimistas; Cientistas, Bruxaria;
Igreja criou a Inquisição ou (Santo Ofício) com tribunais que condenavam as heresias= DESVIOS DA FÉ;
Recorria-se à delação anônima, ao julgamento sem advogados, à tortura;
As penas variavam da prisão perpétua à condenação à morte, geralmente na fogueira; Alquimistas; Cientistas, Bruxaria;
21 TEÓRICOS
PRÉ-RENASCENTISTAS (Itália)
PRÉ-RENASCENTISTAS=
teóricos que deram início a uma lenta e profunda transformação no sentido de
valorizar o poder do Estado;
Dante Alighieri: poeta italiano; Escreveu a Divina Comédia e A
Monarquia;
No livro a
Monarquia introduz teses naturalistas e
propõe a eliminação do papel mediador do Papa, Segundo ele Deus criador da
natureza dotou de livre raciocínio e de vontade, que nos permitem a perfeita
condução do Estado;
Para ele o governante
depende diretamente de Deus e não do papa; Prenúncio da doutrina do direito
divino dos reis, e o fortalecimento da Monarquia na Idade Moderna;
Marsílio de Pádua: defendeu o governo secular, portanto política
separada do poder papal com base na vontade popular;
Inglaterra:
Guilherme de Ockham: franciscano e teólogo, recorreu às escrituras e à Patrística para criticar a indevida ingerência da Igreja nas leis civis;
Os pensadores do declínio da Idade Média prenunciavam as novas expressões de poder civil que se sobrepunham ao poder eclesiástico;
Idade Moderna: aliança da burguesia e reis;
Guilherme de Ockham: franciscano e teólogo, recorreu às escrituras e à Patrística para criticar a indevida ingerência da Igreja nas leis civis;
Os pensadores do declínio da Idade Média prenunciavam as novas expressões de poder civil que se sobrepunham ao poder eclesiástico;
Idade Moderna: aliança da burguesia e reis;
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