terça-feira, 12 de junho de 2018

Indústria cultural

                                                 Indústria Cultural

A Imprensa criada por Johannes Gutenberg é considerada como o 1º grande Meio de comunicação de massa, e que contribuiu para a democratização da cultura.
O 1º livro impresso foi a Bíblia; Com a Reforma Protestante teremos a tradução da Bíblia(latim) para o alemão, consequentemente inicia-se a alfabetização dos fieis para que pudessem ler as Sagradas Escrituras = DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO;
A expressão “indústria cultural” foi utilizada, pela primeira vez, em 1940, por Theodor Adorno e Max Horkheimer.
       Escola de Frankfurt= vários pensadores alemães (Adorno, Horkheimer, Walter Benjamim); elaboraram uma teoria crítica da sociedade;
       Para Adorno e Horkheimer escreveram o livro Dialética do Esclarecimento:   observaram que com os processos de industrialização atingiam a produção artística; Arte e cultura estariam sujeitas às IMPOSIÇÕES DO MERCADO, logo tornando-se mercadorias;
      No século XX (cinema, rádio, revista, livro de bolso entre outros) passaram a ser industrializados;
Arte e cultura: estavam submetidos aos anseios do mercado e do lucro capitalista, ou seja, elas são MERCADORIAS CONSUMÍVEIS E DESCARTÁVEIS; A arte e cultura agora são produtos fabricados em série; padroniza-se para atender aquilo que a indústria considera um perfil médio de expectativa dos consumidores.
Para Adorno: com a Indústria cultural, a produção artesanal (único exemplar) deixa de existir se propõe a explicar a arte consumida pelas MASSAS (vários exemplares); OBRA DE ARTE= MERCADORIA e trouxe a MASSIFICAÇÃO;
        Indústria cultural= significa que as obras de arte são consideradas como MERCADORIAS, como tudo que existe no mercado, no capitalismo;
Pensavam que a industrialização fez com que as obras de arte perdessem a sua AURA, adormeceu a criatividade, a consciência, a sensibilidade, a imaginação, unicidade, o pensamento o gênio criativo do artista foram perdidos, como também  a crítica tanto do ARTISTA quanto do PÚBLICO. As obras de arte viraram entretenimento, lazer, distração e diversão. A arte sob controle da Indústria perde;
OBRA DE ARTE= é uma MERCADORIA elaborada, construída em função do efeito visado;
A arte crítica que leva a reflexão perde cada vez mais espaço para o entretenimento considerado lucrativo, exemplo: musicista canta e toca o que se vende; Ex: estilo sertanejo universitário
           ADORNO e Horkheimer criticavam a MASSIFICAÇÃO DA ARTE E DA CULTURA, porque elas corriam o risco de deixar ser:
*expressivas, tornarem-se reprodutivas e repetitivas;
*de duradouras, tornarem-se parte do mercado da MODA, passageiro, efêmero;
A indústria separa:
RARAS E CARAS= para elite que pode pagar;
BARATAS E COMUNS= destinadas as massas;
Assim em vez de garantir o mesmo direito a todos introduz a divisão social, Elite= culta; Massa= Inculta
Até século XVIII a obra de arte= Era ÚNICA
Pintura podia ser copiada, mas era sempre possível distinguir o trabalho original das cópias
A indústria estabelece um preço e já há uma seleção do que cada grupo social pode e deve (ouvir, ler, assistir) = consumir; Há materiais diferenciados para as diferentes classes sociais;
A Indústria= vende cultura, e para vender não pode chocar, assustar, não pode fazê-lo pensar, provoca-lo, deve devolver-lhe como nova aparência, com cara de coisa nova;
        Ao estabelecer um preço cria-se uma seleção do que cada grupo pode: ouvir, ler, ver, há materiais diferenciados para as diferentes classes;
Adorno foi contra a indústria cultural, porque esta acabava banalizando obras de arte que deveriam ser apreciadas com mais rigor.
Para Adorno, essa banalização era o ponto inicial para outro processo: a regressão, a MASSIFICAÇÃO da CULTURA;
Ao serem produzidos em séries, os produtos da Indústria Cultural banalizam a produção artística, retirando dela seu poder de reflexão e trabalho criativo.
Ao vender cultura, a indústria cultural deve seduzir e agradar o consumidor, então não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas devolver com “cara de novo” o que ele já sabe, já viu, já fez. Para que a indústria continue agradando o público diverso deve entreter e exigir muito pouco do intelecto, nos tornando ainda mais alienados.

WALTER BENJAMIN:

Para ele a indústria(tecnologia) trouxe a possibilidade de DEMOCRATIZAÇÃO da arte e da cultura, ou seja, mais pessoas estariam tendo acesso;
Dizia que com as técnicas de reprodução a arte passou a ser reproduzida em massa, o que transformou a relação do público com a arte;
Antes da fotografia, apenas quem fosse ao LOUVRE poderia ver a Monalisa, ela passa a ser vista, logo há uma circulação universal; Música: com os gravadores podemos ouvir em casa, não necessitamos ir apenas a um concerto de música;
A REPRODUÇÃO contém um aspecto positivo de DEMOCRATIZAÇÃO= deixa de ser privilégio da elite;

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